Adolescência do Bebê: Saiba o Que Fazer Durante a Crise dos 2 Anos

Seu bebê era tranquilo e quietinho, mas de uma hora para outra está manhoso, fazendo birras, respondendo e contradizendo tudo o que é dito? Pode ser a adolescência do bebê, uma fase complicada tanto para as crianças como para os pais, que precisarão aprender a ter jogo de cintura, para superar situações estressantes.

Ficou interessada e quer saber mais? Então, continue lendo e saiba tudo sobre a fase dos 2 anos ou também conhecida como adolescência do bebê. Confira!

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Adolescência do bebê

Durante o desenvolvimento infantil, as crianças, pais e familiares passam por diferentes fases que requerem aprendizado, paciência e adaptação. Principalmente nos primeiros anos, enquanto ocorre os sinais iniciais de percepção do mundo, funcionamento, consequências, entre outros fatores que florescem somente após os 12 meses.

E a partir daí é que tudo muda, pois com o aprendizado gradual, o bebê percebe-se como um ser independente, capaz de tomar suas decisões, mas sem saber a efetiva comunicação e expressão dos sentimentos, o que causa frustração e estresse.

Por isso, nessa fase é comum ocasiões de birras, choros excessivos sem aparente motivo, mudanças de humor repentina, entre outros sinais da adolescência do bebê. Com isso, a primeira dica é ter paciência e preparar-se, pois está pela frente um grande desafio que irá demorar alguns meses para passar, onde serão necessárias características de firmeza, bem como afeto e carinho.

Assim, continue lendo e descubra muito mais sobre a fase dos 2 anos ou adolescência infantil. Veja!

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A partir de quando acontece a adolescência do bebê

A adolescência infantil, normalmente começa a dar os primeiros sinais a partir dos 18 meses e pode durar até os 34 meses, sendo um período difícil e complicado, principalmente para os pais, que podem ter dificuldades com a nova situação, que requer firmeza, postura e exemplo.

E no início pode ser que os pais e responsáveis não identifiquem como uma fase, mas sim, manha e irritabilidade da criança. O que por sua vez, resulta em falta de paciência e briga. Com isso, a dica é observar a criança e suas mudanças de comportamento.

Afinal, essa fase não é somente uma teoria, mas possui comprovação científica, demonstrando que o cérebro do bebê está passando por um processo de maturação. Assim como, acontece na adolescência, alterando e interferindo no desenvolvimento de faculdades.

Logo, leve essa fase sério e busque seguir algumas dicas para superar e também observe, a fim de identificar os principais sintomas dessa adolescência do bebê.

Principais sintomas da adolescência do bebê

Como já mencionado, a partir dos 18 meses, geralmente as crianças começam a mudar o comportamento, indicando a fase de adolescência do bebê. Assim, conheça os principais sintomas para identificar se ela está ou não nessa fase.

Logo, os principais sintomas são:

  • Birras;
  • Contraria tudo o que é dito;
  • Choro excessivo por qualquer coisa ou sem motivo aparente;
  • Teimosia;
  • Necessidade de opinar;
  • Mudanças de humor repentina;
  • Rejeição a coisas que ela mesma pediu;
  • Escândalo em qualquer lugar (se joga no chão);
  • Manha para que os responsáveis mudem de opinião em relação a sua vontade;
  • Responde não para tudo.

Ao identificar esses sintomas no dia a dia é bem provável que sua criança esteja na fase de adolescência infantil, o que requer paciência, firmeza e autocontrole para tratar a situação.

Com isso, separamos algumas dicas que podem ajudar, deixando esse período o mais leve possível, com aprendizados para os pais e bebê. Confira!

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10 Dicas de como passar pela adolescência do bebê

Como qualquer fase, a crise dos 2 anos também pode ser superada com algumas dicas. Por isso, separamos algumas delas, para os pais aplicarem no dia a dia, com muita paciência, compreensão, afeto e auto-controle. Veja!

Ensine regras e rotinas

Desde o começo da vida, quando a criança está com 12 meses ou mais e começa a compreender alguns comandos e instruções é importante ressaltar algumas regras para o dia a dia. Com isso, tenha atenção para as ações do bebê e repreenda sempre que necessário com firmeza e calma.

E a partir dos 18 meses, quando os episódios e sintomas da adolescência do bebê forem mais latentes, seja mais firme com as regras cotidianas e ensine práticas que devem ser feitas pela criança. Afinal, agora, como começa a perceber-se como um indivíduo é preciso que entenda que a partir disso há consequências, como autocuidado, ajudar os pais, entre outros.

Com isso, aos poucos, ensine algumas regras e responsabilidades, pois isso tende a diminuir o estresse em relação a sua função como parte da família, deixando a criança menos irritada e ansiosa. Contudo, lembre-se que essa é uma fase delicada e mesmo após aprender, pode ser que se recuse a fazer. Por isso, vá com calma e lembre-se que logo tudo vai passar e melhorar.

Ensine à criança como lidar com as frustrações

Durante a fase dos 2 anos, algumas coisas podem ser muito frustrantes para as crianças, como expressar seus sentimentos, dialogar e participar o quanto gostariam.

Com isso, tenha paciência e autocontrole para ensinar à criança como lidar com as suas frustrações. E tente conversar com calma, a fim de compreender o que está acontecendo.

E igualmente, durante essa conversa é importante que os pais dediquem 100% de atenção para a criança. E também que o adulto se ajoelhe ou sente-se a fim de ficar com os olhos na mesma altura da criança, o que fará com que ela sinta-se mais confiante e tranquila para se expressar.

Ao perceber que está sendo compreendida, o bebê tende a acalmar-se e melhorar o comportamento. Por isso, não desista e tente não gritar ou intimidar, pois isso pode ser prejudicial e traumático.

Não deixe que a criança associe comportamentos inadequados com recompensas

Durante as birras e comportamentos inadequados é comum os pais perderem a paciência. E quando isso ocorre, geralmente a criança ganha a “briga”, conseguindo o que quer.

Diante disso, repense e seja firme a continuar na linha de pensamento em relação ao motivo da birra e não deixe que ela associe o seu mau comportamento a conquistar o que deseja. Afinal, caso perceba essa associação, ela irá repetir o comportamento sempre que achar necessário, repetindo o choro e manhas em qualquer momento e lugar.

Portanto, seja firme ao negar durante as crises de mau comportamento e se a conversa não funcionar, tenha paciência e aguarde que o episódio acabe para repreender com mais firmeza.

Dê opções

Ao identificar-se como um ser independente, a criança sente a necessidade de se posicionar. Com isso, durante a fase da adolescência do bebê, sempre dê opções possíveis e reais, como por exemplo, a roupa que quer vestir, o brinquedo que quer levar ao passeio, o prato e copo que deseja usar na refeição, entre outros.

Contudo, limite essa escolha sempre a duas opções e ao apresentar as possibilidades, use um tom de voz firme e calmo a fim de demonstrar seriedade na situação, o que também resulta em segurança e confiança para a criança.

Ao dar as opções também considere as reais e ao alcance dos pais, a fim de evitar maiores discussões. E se possível, também apresente as consequências para que ela chegue a melhor resolução.

Nomeie as emoções

Para facilitar a comunicação e compreensão do que as crianças sentem e pensam, é importante que os pais e responsáveis ensinem e nomeie os sentimentos. Com isso, ela irá conseguir dizer de melhor forma quando está nervosa, triste, ansiosa ou qualquer outro tipo de posicionamento. Reduzindo a ansiedade e frustração, o que contribui para a saúde e bem-estar.

E para ensinar podem ser usados livros, brinquedos, dedoches, entre outros lúdicos que contem histórias. E além disso, as conversas sempre são muito válidas, afinal, dessa forma os pais também poderão expressar à criança os seus sentimentos, desenvolvendo a empatia e afeto.

Planeje o dia

A incerteza e a falta de rotina podem ser estressantes e piorarem os episódios de crises na fase dos dois anos. Por isso, desde já inicie uma rotina com as crianças, com os horários de comer, brincar, estudar, assistir desenhos, tomar banho, entre outros. E com o passar do tempo, a partir da frequência e regularidade ela ficará mais calma e acostumada à rotina, resultando em menos ansiedade e frustração.

Diante disso, crie um cronograma com a rotina infantil e a partir dos 24 meses, comece a oferecer novas responsabilidades como arrumar os brinquedos, por exemplo. Visto que isso também irá contribuir para a motivação e autonomia.

Pratique o autocontrole com brincadeiras e atividades

Controlar os sentimentos pode ser muito complicado durante a primeira infância e isso, sem dúvidas, é aflorado entre os 18 e 34 meses.

Por isso, desenvolver atividades e brincadeiras que trabalham o autocontrole são essenciais, auxiliando no processo de espera, empatia e reconhecimento do seu lugar. Assim, desenvolva atividades de esperar a vez, aguardar até o momento de brincar, brincadeiras de coordenação motora, atenção, entre outros que façam com que a criança controle seus impulsos, resultando em maior obediência e bom comportamento.

Ao conseguir controlar melhor seus sentimentos, os episódios de birras, choros e manhas serão menores, resultando em mais paz e equilíbrio. Portanto, persista!

Use tom de voz calmo e firme

Nos momentos críticos, quando a criança está nervosa e os pais estão quase perdendo a paciência é muito importante lembrar dessa dica de acalmar-se e manter um tom de voz calmo e firme. Afinal, ao gritar e se estressar muito, o adulto acaba por demonstrar um comportamento que até então, estava sendo repreendido na criança, gerando confusão e dificuldades para reação dos pequenos.

Diante disso, tente respirar algumas vezes ao vivenciar os episódios de crise e nervosismo da criança e mantenha-se calma, porém, firme, a fim de demonstrar a importância e seriedade da situação para a sua resolução.

Mantenha consequências lógicas

Mesmo sem pressionar e amedrontar as crianças é necessário diante de situações estressantes, demonstrar consequências lógicas. Ou seja, caso a criança não queira comer é preciso explicar que ela pode ficar doente, fraca e não poderá brincar com os amigos, sair, etc.

Da mesma forma, outro exemplo é caso a criança não queira trocar a fralda, relate o que pode acontecer caso ela não troque e se possível, lembre episódios de assaduras e machucados para demonstrar as consequências.

Ao fazer isso de forma gradual, a criança vai aprendendo o peso e reação de suas ações, o que resulta em melhor percepção e até colaboração com o passar do tempo.

Seja o exemplo

E por fim, a última e importante dica é ser o exemplo, principalmente em relação ao comportamento. Isso porque, se os pais disserem para a criança não gritar, ficar nervosa, entre outros, mas repetirem essas ações, isso irá gerar confusão e descredibilidade, o que pode afetar e atrapalhar a longo prazo.

Com isso, mantenha a calma e firmeza, e nos momentos extremos de estresse onde não for possível se controlar, tente sair da frente da criança e volte somente quando sentir que irá conseguir lidar com a situação com calma e maturidade. Afinal, diante de gritos, problemas e responsabilidades os adultos poderão perder facilmente a paciência, o que não será um bom exemplo.

Por isso, repense e tente sempre manter o controle e a calma, pois isso fará toda a diferença com relação a convívio e educação.

E lembre-se que essa é uma fase e como tudo, isso também vai passar. Logo, tente desfrutar e trate seu filho ou filha sempre com amor e afeto, pois com certeza, esses cuidados superam qualquer adversidade.

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Lara Janaína Theodoro, mãe da Sara e fã de assuntos relacionados a moda, beleza, maternidade, entre outros sobre o universo feminino. Desde 2018 atua como redatora, trazendo sempre para seus artigos um pouco da sua vivência e experiência como mãe e mulher.

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